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Imunização

Imunização Ativa:

As vacinas disponíveis contra a toxina tetânica, caracterizam-se por serem eficazes, seguras e imunogénicas, veiculando o toxóide tetânico suspenso ou adsorvido num sal de alumínio (estas últimas pautam-se por induzirem uma maior produção de anticorpos durante mais tempo), que é obtido a partir da toxina por meio de tratamento com formaldeído. (DGS 2012; CDC 2013; Thwaites 2014)

As vacinas protegem a população imunizada dos efeitos prejudiciais da toxina tetânica, mas não da infeção por Clostridium tetani em si, sendo usadas quer na prevenção, quer na profilaxia pós-exposicional à tetanospasmina. (Thwaites 2014)

 

Ao contrário do que ocorre com as restantes doenças preveníveis por vacinação, que são contagiosas e em que a imunização do grupo protege a minoria não vacinada, no caso do tétano, dado que a proteção é individual, é necessário que todos os indivíduos se encontrem vacinados para evitar o aparecimento de novos casos. Ou seja, a melhor forma de prevenir o tétano passa pela imunização individual. (DGS 2012; CDC 2015)

No entanto, a correta imunização não confere uma proteção de 100%, havendo raros casos descritos de indivíduos vacinados que tiveram tétano; ainda que este fenómeno não seja totalmente esclarecido, pensa-se que tal se possa dever a uma exposição do indivíduo "imune" a uma carga elevada de neurotoxina que sobrecarrega as suas defesas imunitárias, a uma possível variabilidade antigénica entre a toxina e o toxóide administrado nas vacinas ou ainda devido a uma supressão seletiva da sua resposta imune. (Mallick and Winslet 2004; DGS 2012; CDC 2015; CDC 2013)

 

As pessoas que tiveram tétano devem igualmente ser protegidas pela vacinação, uma vez que a doença natural não confere imunidade devido à elevada potência da toxina. (DGS 2012; CDC 2015)

Nascimento

2 meses de idade: administração da primeira dose da vacina contra o tétano

4 meses de idade: administração da segunda dose da vacina contra o tétano

6 meses de idade: administração da terceira dose da vacina contra o tétano

18 meses de idade: administração do primeiro reforço da vacina contra o tétano

5-6 anos de idade: administração do segundo reforço da vacina contra o tétano

10-13 anos de idade: administração do terceiro reforço da vacina contra o tétano

Adolescente e adulto: administração de reforços da vacina contra o tétano de 10 em 10 anos

Recomendações do Plano Nacional de Vacinação para a vacinação da população contra o tétano. (DGS 2012)

Imunização Passiva:

Consiste na administração de TIG (Imunoglobulina Humana Tetânica, embora também possam ser usados anticorpos de origem equina) para promover uma resposta imunitária temporária no indivíduo exposto à neurotoxina.

Embora não substitua a imunização ativa, a TIG impede o detrioramento da condição clínica do paciente, devendo ser utilizada o mais precocemente possível, dada a sua capacidade de "bloquear" apenas a tetanospasmina livre.

seu uso é recomendado em indivíduos não imunizados possivelmente expostos à toxina tetânica, uma vez que as primeiras doses de vacina não induzem imunidade/ obtenção de níveis protetores de anticorpos anti-toxina circulante (pelo menos 0,1Ul/ ml). (CDC 2015)

Bibliografia:

[1] Leça A, Calé ME, Freitas MG, Valente PM (2011) Programa Nacional de Vacinação 2012. Norma da DGS (Direção Geral de Saúde)  040/2011

[2] CDC (Centers for Disease Control and Prevention): Tetanus

http://www.cdc.gov/tetanus/index.html

[Acedido a: 20/05/2015]

[3] Thwaites C (2014) Botulism and tetanus. Medicine 42:11-13

[4] CDC (2015) Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases:The Pink Book: Course Textbook, 13 edn

[5] Mallick IH, Winslet MC (2004) A Review of the Epidemiology, Pathogenesis and Management of Tetanus. International Journal of Surgery 2:109-112 

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